26 de jan. de 2016

Relatos da minha infância - Parte I


Matuto... Vivendo em um mundo sem preocupações, onde sua única obrigação era ser feliz!
Morando em uma vila (povoado) com cerca de 60 pessoas, vivia sua infância, arrodeado de amigos, primos, onde sua única preocupação era ser feliz.
Brincar era seu lema!

Andava pelas estradas vazias, olhava aquele horizonte e imaginava o que tinha por trás.
Corria na mata. mergulhava em açudes, subia em árvores... O importante era ser feliz!
Maldade?! Não existia. Vaidade?! Tomar banho e escovar os dentes. Comprar roupas?! Uma vez ao ano quando chegava as novenas.

A escola... Era um festa quando o relógio marcava às 11 h ( ou até mesmo antes ) Todos estavam lá, a espera do ônibus, com aquela fardinha surrada, alguns de calça, outros de bermudas, chinelo de dedo, os mais atrevidos, de tênis. Enfrentávamos mais ou menos uma hora e meia para chegar na escola, um lugar "isolado" onde só tinha a escola e uma "budega" em frente, um pouco distantes avistava algumas casas. Ali, trocávamos experiência com  colegas de outras vilas, adquiria conhecimento com os professores. A hora de voltar para casa era outra festa, aquela animação, aquela adolescência que todo mundo conhece!.

Fui aos poucos tomando gosto pelo "desconhecido", comecei a imagina uma vida fora dali.
Fui atrás...
Decidi mudar de escola, aquele garoto estava crescendo e queria algo novo.
Na nova escola, agora na cidade, demorou para se enturmar. Aquela galera moderna ainda era estranho para ele. Mas, aos poucos ele foi se identificando com aquela nova vida. Começou ater dificuldade nos estudos, pois ali era mais puxado. O cansaço também bateu, não era fácil enfrentar 2 h e 30 min para ir e 2 h e 30 min para voltar. Algumas vezes ficava desanimado, mas nunca desistiu. No primeiro ano na nova escola, ele foi reprovado, mas nem isso o desanimou.
Nesse mesmo ano, sua vida mudou. Sabe quando você dorme em um lugar e acorda em outro?! Aconteceu.
Em um domingo à tarde, jogando futebol com seus amigos, uma queda simples e traiçoeira mudou sua vida. Depois disso nunca deixei de acreditar que, tudo que acontece em nossas vidas nada é por acaso.
Quebrei o braço, fraturei em três pedaços. Aquela agonia de sentir a dor e ao mesmo tempo ver sua mãe desesperada chorando sem saber o que fazer.
Comecei a luta, fui a cidade mais próxima, não teve jeito, depois uma outra cidade um pouco mais longe, também não resolveu, por fim Aracaju <3
Cheguei no hospital, passei 2 dias  sem ver a luz do dia e sem saber onde estava. POR FIM minha mãe tinha uma amiga que morava na cidade. Até hoje lembro ela entrando e falando -  Lipe o que foi que você aprontou?
Aqueles anjos que Deus manda em forma de pessoas, foi ela. Deu todo suporte para nós!

Algumas semanas se passaram, minha mãe teve que voltar e eu fiquei fazendo o tratamento...


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